AS SUPERFÍCIES GEOMORFOLÓGICAS E A EVOLUÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO: transcurso das ideias e correspondências no sul de Minas Gerais, sudeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v32i0.33726Palavras-chave:
Superfícies geomórficas, Superfície Sul-americana, Serra da Mantiqueira, Planalto do Alto Rio GrandeResumo
As discussões acerca das superfícies geomorfológicas não representam ponto de pleno consenso na cultura geomorfológica brasileira. Em função desse caráter, algumas ideias se coadunam ou se contrastam no que se refere à interpretação da gênese, evolução e período de elaboração das superfícies geomorfológicas consideradas para o território nacional. Em motivação dada pelo estado da arte referido, o presente artigo tem por objetivo colocar em diálogo a concepção dos principais autores que tiveram preocupação estabelecida nessa temática, procurando estabelecer correspondências no âmbito da evolução do relevo na bacia do Rio Verde, sul de Minas Gerais. A bacia de drenagem em questão perpassa terrenos da Serra da Mantiqueira, Planalto do Alto Rio Grande e Planalto de Varginha, possuindo uma série de patamares relacionados a diferentes controles tectônicos e litológicos. A diversidade morfológica existente na bacia do Rio Verde se transfigura em superfícies geomórficas de diferentes contextos genéticos e evolutivos, tendo sido identificadas superfícies de erosão propriamente ditas (Planalto de Cruzília-Minduri), superfícies estruturais, bem como superfícies dissecadas, tectonicamente deformadas e com aplainamentos localizados nos patamares de cimeira. Quanto à Superfície Sul-americana, ficou reconhecida uma heterogeneidade altimétrica vinculada a intensos basculamentos de blocos responsáveis pelo desnivelamento de níveis cronocorrelatos, mas que em alguns contextos apresentam coberturas de alteração preservada na forma de lateritas e bauxitas.
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