Análise do gerenciamento dos resíduos sólidos dos serviços de saúde em Curitiba, com ênfase no tratamento e destino final, e implicações socioambientais

Autores

  • Maria Inez Antonia Pelacani SPINA

DOI:

https://doi.org/10.5380/raega.v7i0.3366

Palavras-chave:

Resíduos sólidos dos serviços de saúde, gerenciamento.

Resumo

Esta pesquisa tem por objetivo conhecer e analisar o gerenciamento dos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSSS) desenvolvido pelo poder público e empresas de saúde de Curitiba durante o período compreendido entre os anos de 1989 e 2001, evidenciando os problemas socioambientais que as etapas referentes ao manejo, tratamento e destino final dos resíduos infectantes podem causar ao ambiente e à saúde pública. Destaca que esses resíduos originam-se nas dependências internas das empresas prestadoras de serviços de saúde e que, de acordo com as características que apresentam, podem receber destinos finais diferenciados quando são gerenciados convenientemente, em conformidade com os parâmetros do Desenvolvimento Sustentável. Em Curitiba, o poder público, desde 1989, para gerenciar de forma integrada os resíduos sólidos, desenvolveu o programa de coleta seletiva denominado Lixo que não é lixo hospitalar, viabilizando o destino correto aos resíduos comuns, recicláveis e infectantes gerados pelas empresas de saúde, contribuindo para a preservação do meio ambiente e manutenção da qualidade de vida de sua população. Entendendo que os RSSS são um produto eminentemente urbano, o respaldo metodológico foi obtido pelo Sistema Meio Ambiente Urbano, considerando-se as questões físico- ambientais e político-sociais nele implícitas. Curitiba possui 816 empresas de saúde que se encontram cadastradas ao programa de coleta seletiva. As segregações prévias ocorrem no interior dessas unidades, concedendo destino final diferenciado a cada categoria de resíduos. Verificou-se que o gerenciamento integrado dos RSSS realizado em Curitiba vem ocorrendo de modo a atender à preservação ambiental, possibilitando a redução da quantidade de resíduos infectantes destinados às valas sépticas. Observou-se também que há necessidade de ampliação dos serviços de coleta diferenciada em todas as empresas de saúde geradoras de resíduos infectantes existentes no município, mediante cadastramento ao programa. Ressalta-se que o monitoramento periódico das condições físico-ambientais da área das valas sépticas é fundamental para que se possam dimensionar as condições dos componentes físicos dessa área e evitar os efeitos nocivos ao ambiente e à qualidade de vida da população decorrentes da decomposição desses resíduos.

Downloads

Como Citar

SPINA, M. I. A. P. (2003). Análise do gerenciamento dos resíduos sólidos dos serviços de saúde em Curitiba, com ênfase no tratamento e destino final, e implicações socioambientais. RAEGA - O Espaço Geográfico Em Análise, 7. https://doi.org/10.5380/raega.v7i0.3366

Edição

Seção

Resumos de Dissertações (descontinuado)