TRABALHO E MORADIA: O CASO DAS ÁREAS DE EXPANSÃO PORTUÁRIA DO PORTO DO RIO GRANDE- RS
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v26i0.30163Palavras-chave:
áreas de expansão portuária, trabalho, gênero, circuitos da economia urbana.Resumo
O artigo tem como recorte espacial as áreas sujeitas ao processo de organização e expansão do Porto do Rio Grande-RS. A partir de 2007, o processo de reorganização do Porto dá continuidade à ampliação de suas atividades em direção à Vila Mangueira, à Barra Nova, à Barra Velha, ao bairro Santa Tereza e ao bairro Getúlio Vargas. Todas estas localidades são contíguas ou próximas às áreas portuárias e possui um total de 1.901 domicílios com 5.729 moradores que enfrentam a possibilidade de remoção de suas casas, o que poderá acarretar modificações na rotina familiar, principalmente no que se refere ao trabalho. Indagamos sobre qual o perfil ocupacional dos trabalhadores e qual a relação entre o trabalho e o local de moradia. O objetivo do artigo é caracterizar as áreas com relação a escolaridade; ao número de filhos; a renda e a situação de trabalho por sexo dos moradores e verificar sua relação com os locais de moradia. A metodologia utilizada consiste na tabulação dos indicadores coletados pelo banco de dados do Núcleo de Análises Urbanas (NAU) da FURG e a interpretação a partir dos dois circuitos da economia de Milton Santos e as relações de gênero. A análise dos dados demonstra que grande parte dos moradores trabalha nas áreas ou em locais próximos e depende da localidade onde mora para manter-se no emprego. Indicadores sociais selecionados apontam para situações semelhantes em todas as áreas: baixa escolaridade, situação de trabalho precário e baixa renda familiar.
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