ÁGUAS PASSADAS: SOCIEDADE E NATUREZA NO RIO DE JANEIRO OITOCENTISTA
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v23i0.24836Palavras-chave:
Metabolismo da água, Relações sociedade-natureza, Rio de Janeiro, século XIX, História Ambiental.Resumo
O artigo discute as relações entre sociedade e natureza, na cidade do Rio de Janeiro, no século XIX. Nossa proposta metodológica é construir múltiplas narrativas que se desdobram e conectam a partir da observação das relações diretas e indiretas dos humanos com uma das substâncias mais importantes à sua reprodução biológica e social: a água. Assim construída, a trama entrelaça, de maneira complexa e contraditória, as propriedades, estruturas e processos do mundo biofísico, de um lado, e as ações humanas, nos domínios material, simbólico e ideológico. Em seu conjunto articulado, essas narrativas oferecemnos uma leitura da cidade e suas transformações. Esse tipo de método geohistoriográfico apresenta a vantagem de diluir as divisões apriorísticas,monolíticas e estáticas entre o social e o natural em favor de uma leitura dialética que parte do movimento e da transgressão contínuas entre aquelas fronteiras.
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