A emergência do transtorno de personalidade borderline: uma visão comportamental
DOI:
https://doi.org/10.5380/psi.v9i2.4778Palavras-chave:
transtorno de personalidade borderline, análise histórica, psicopatologiaResumo
No fim do século passado, o transtorno de personalidade borderline se estabeleceu como uma categoria importante na psicopatologia. Emergiu dentro da abordagem psicanalítica, num contexto histórico específico que o possibilitou e conquistou em poucas décadas um lugar importante na psiquiátrica oficial. De um conceito opaco e questionado nas margens da nosologia, transformou-se num diagnóstico que, sustentado pela autoridade do DSM, se aplica a uma percentagem importante da população psiquiátrica. Além disso, um tratamento comportamental foi empiricamente validado como terapia de preferência para este transtorno. Uma vez que o significado de um termo é função da história da comunidade em que emergiu, torna-se primordial reportar ao comportamento dos cientistas da época e de suas práticas para a produção do conhecimento. Nesta revisão da literatura, consideramos o conceito de borderline como produto de contextos sociais complexos que geraram mudanças na teoria clínica. Examinamos as origens destas mudanças em dois sentidos. O primeiro é a emergência do conceito diagnóstico borderline na literatura, tanto dentro da psicanálise como dentro da psiquiatria. O segundo é a possibilidade de entender a referida patologia, como resultado dos contextos interpessoais e familiares da modernidade. Sugere-se que é esta análise que tornou o conceito acessível à terapia comportamental.
Palavras-chave: transtorno de personalidade borderline; análise histórica; psicopatologia.
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