Psicanálise e urgência subjetiva: que dispositivo no hospital?
DOI:
https://doi.org/10.5380/riep.v29i2.96261Palavras-chave:
Psicanálise, Urgências subjetivas, Dispositivo, CapitalismoResumo
O objetivo deste artigo é interrogar a relação entre dispositivo e urgência a partir da prática do psicanalista no hospital geral. É com base no uso do termo dispositivo por Foucault, investigado por Agamben, que se preconiza a relação entre dispositivo e urgência, a qual mostramos, na psicanálise, com Lacan, implicar antes a relação entre o discurso psicanalítico e as urgências subjetivas. Trata-se então, inicialmente, de problematizar da perspectiva do analista as ideias de dispositivo e de urgência. Nesse sentido, se o dispositivo no capitalismo produz dessubjetivação, o discurso psicanalítico surge como contraposição ao tocar o real da castração aí rejeitado. Em oposição ao curto-circuito entre uma urgência e uma resposta já por ele condicionadas, próprio ao dispositivo de controle que conforma a tecnociência às injunções do capitalismo, situamos a presença do psicanalista assentando o sujeito no que é falha. Frente ao aparato técnico das práticas avaliativas e de controle vigentes no hospital geral, buscamos sustentar que o direcionamento do psicanalista às urgências subjetivas equivale, nos termos de Agamben, a uma profanação do dispositivo, por trazer à luz o ingovernável que aquele busca encobrir.
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