Impasses e Dilemas no Trabalho Institucional Sócioeducativo: Adolescência, Desamparo e Suicídio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/riep.v29i2.94921

Palavras-chave:

desamparo, adolescência, suicídio, instituição, medida socioeducativa

Resumo

Recorte de pesquisa que investigou se a experiência do desamparo, presente em quatro casos de adolescentes em situação de vulnerabilidade e em cumprimento de medidas socioeducativas, funcionaria como coordenada para a construção de ações específicas de cuidado nas intervenções psicossociais com esses jovens. Neste artigo, elegemos um dos casos como paradigmático, ou seja, que ensina sobre o trabalho com jovens institucionalizados, ante o risco de suicídio. Metodologicamente, baseamo-nos na noção de caso único presente na psicanálise freudiana e que consiste em tomar um caso em sua singularidade, ainda que faça parte de um grupo de outros, para extrair dele aquilo que ensina acerca da temática. Retomamos o conceito de desamparo e angústia, em Freud e Lacan, para identificar a experiência do desamparo no caso e daí analisar aquilo que ensina acerca do manejo transferencial. Como resultado, o artigo demonstra que é possível extrair do caso princípios clínicos norteadores para o trabalho institucional com jovens em privação de liberdade, diante do risco de suicídio, mesmo em instituições não psicanalíticas, desde que sejam possíveis iniciativas e projetos que considerem a dimensão singular da realidade psíquica diante do real do desamparo.

Biografia do Autor

Mônica Eulália da Silva Januzzi, PUC MINAS, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.

Professora Adjunta no Departamento de Psicologia e no Programa de Pós-graduação Mestrado e Doutorado em Psicologia da PUC Minas (CAPES 5). Doutora e Mestre em Psicologia pela PUC-Minas, Pós-Doutorado em Estudos Psicanalíticos UFMG/FAFICH. Pesquisadora no Laboratório de Estudos e Pesquisa em Psicanálise e Crítica Social LAPCRIS da PUC Minas, pesquisadora e colaboradora do Núcleo de Psicanálise e Laço Social no Contemporâneo, PSILACS- UFMG, membro do GT Psicanálise, Clínica e Política da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia -ANPEPP. Membro da Rede Internacional de Pesquisa em Criminologia e Psicanálise - RICA. Membro do Comité de Ética em Pesquisa - CEP, da PUC Minas. 

Andréa Máris Campos Guerra, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1994), graduação em Psicologia pelo Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (1995), mestrado em Psicologia Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (2000) e doutorado em Teoria Psicanalítica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com período de estudos aprofundados na Université de Rennes II (2007), sendo atualmente professora adjunta do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFMG. Ênfase da produção acadêmica e profissional junto aos temas de Psicanálise e Decolonização; Psicanálise e Política; Adolescência e Infração; Clínica Psicanalítica.

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Publicado

29-09-2025

Como Citar

Januzzi, M. E. da S., & Máris Campos Guerra, A. (2025). Impasses e Dilemas no Trabalho Institucional Sócioeducativo: Adolescência, Desamparo e Suicídio. Interação Em Psicologia, 29(2). https://doi.org/10.5380/riep.v29i2.94921

Edição

Seção

Relatos de Pesquisa