Uma diagnóstica do colonialismo a partir de As Doenças do Brasil, de Valter Hugo Mãe

Autores/as

Palabras clave:

Colonialismo, Literatura, Mal-estar, Psicanálise, Repetição

Resumen

 O presente artigo, dentro do campo dos estudos de intersecção entre psicanálise e colonialismo, se debruça sobre a obra literária As Doenças do Brasil (2021), do escritor português Valter Hugo Mãe, com o intuito de refletir sobre a seguinte questão: como o mal-estar colonial é descrito e desdobrado no livro? As hipóteses apontam para a possibilidade de encontrarmos na obra em comento relações estreitas entre o colonialismo brasileiro e três de suas decorrências fundamentais: o machismo, o autoritarismo e o racismo. O objetivo principal é investigar a obra literária do autor português como manancial sintomático de massas no Brasil. O trabalho, primeiro, busca dar contorno ao conceito de diagnóstica para, em seguida, investigar pormenorizadamente a relação do colonialismo com os três fenômenos antes citados. Adota-se o método de abordagem indutivo a partir da obra literária selecionada, com técnica de documentação indireta a partir de fontes bibliográficas atinentes à temática. Entre as conclusões, destaca-se o fato de que o livro do escritor português opera como repetição simbólica de traumas ainda não elaborados no tecido psicossocial brasileiro.

Biografía del autor/a

Paulo Ferrareze Filho, Instituto de Psicologia da USP

Psicanalista. Pesquisador de pós-doutorado no Departamento de Psicologia Social da USP, sob orientação do prof. Dr. Nelson da Silva Jr. Membro do grupo Psicanálise e Laço Social no Contemporâneo - PSILACS/UFMG, coordenado pela profa. Dra. Andréa Guerra. Doutor em Filosofia do Direito na UFSC, e mestre em Hermenêutica Jurídica na UNISINOS/RS. Professor colaborador do Departamento de Psicologia Social da USP. Coordenador do projeto Caos Filosófico

Publicado

2025-03-29

Cómo citar

Filho, P. F. (2025). Uma diagnóstica do colonialismo a partir de As Doenças do Brasil, de Valter Hugo Mãe. Interação Em Psicologia, 28(3). Recuperado a partir de https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/92515

Número

Sección

Seção especial