Reflexões sobre a prática do psicólogo no Centro de Referência de Assistência Social
DOI:
https://doi.org/10.5380/riep.v29i2.86428Palavras-chave:
Psicologia, SUAS, assistência social, CRASResumo
Neste trabalho, propusemos uma reflexão acerca das percepções das psicólogas que atuam no Centro de Referência da Assistência Social - CRAS sobre o trabalho desempenhado enquanto técnicas da Política de Assistência Social. A pesquisa foi realizada através de entrevistas semiestruturadas com oito psicólogas de seis cidades do interior do estado do Paraná, pertencentes a equipe técnica de referência quanto da equipe volante. Para análise de dados, foi utilizada a técnica de análise de conteúdos proposta por Bardin. Foi possível perceber que as participantes compreendem o trabalho que desenvolvem como um campo de incertezas, haja vista que não há um modelo a ser seguido, mas parâmetros abrangentes que incidem em uma pluralidade de práticas. Entendem que a Psicologia é uma ciência importante no contexto do CRAS, contudo, se deparam com dúvidas e incertezas sobre seu papel. Apontam ainda que há poucos recursos humanos e que devido à alta demanda aos benefícios eventuais se sobrecarregam e não conseguem acompanhar as famílias através do Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família - PAIF. Nesse sentido, compreender a construção da prática dessas profissionais no contexto do CRAS fornece subsídios para o entendimento dos desafios da inserção dos psicólogos nesse campo.
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