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O que é a Psicologia Concreta? Reflexões politzerianas em torno do problema da crise da psicologia

Bruno Peixoto Carvalho

Resumo


Este artigo dedica-se a – a partir da análise da Crítica dos fundamentos da Psicologia, de Georges Politzer – caracterizar a psicologia concreta. O texto em tela resulta de pesquisa que objetiva identificar as semelhanças e diferenças nas análises da crise da psicologia da década de 1920 feitas por Vigotski e Politzer. O material apresentado dedica-se, em particular, a esse último autor. A análise aqui apresentada organiza-se em torno dos fundamentos da psicologia clássica, tal qual caracterizados por Politzer: a) a elementaridade do psíquico e a abstração do sentido; b) a análise da vida interior e dos processos internos; c) a apreensão imediata do fenômeno psicológico e o problema do método direto; e d) o postulado da convencionalidade da significação. A análise aqui empreendida ainda faz remissão à psicologia histórico-cultural, na medida em que ela se encontra com as apreciações politzerianas, e a outras escolas de psicologia não tratadas diretamente por Politzer. Por fim, apresenta-se um conjunto de questões em torno da psicologia concreta que configuram um interessante programa de pesquisa, a saber: a necessidade de um inventário crítico da crise da psicologia contemporaneamente; a identificação da psicologia histórico-cultural com a psicologia concreta; uma definição provisória da psicologia concreta.

Palavras-chave


psicologia concreta; Politzer; crise da psicologia

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/riep.v24i3.73044