Agonística em tempos de empreendedorismo de si: Desassossegos no trabalho com a política pública de assistência social

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/psi.v22i3.56178

Palavras-chave:

psicologia, assistência social, biopolítica, caráter público, empreendedorismo de si

Resumo

Este artigo problematiza a política pública de assistência social brasileira através da reflexão conceitual sobre o governo da vida pautado numa lógica neoliberal. Para tanto, utilizando-se de uma breve narrativa confeccionada entre lembranças e esquecimentos que permearam experiências de trabalho e pesquisa nesta política entre 2011 e 2017, questões sobre o empreendedorismo de si mesmo aparecem como um norte cada vez mais presente na execução dessa política. Partindo destas reflexões e dos questionamentos éticos sobre que vida desejamos viver e o que estamos a fazer nós mesmos, indagamos: como e por que continuar a operar políticas públicas na nossa atualidade? As narrativas, utilizadas como recurso metodológico deste ensaio teórico-reflexivo, nos auxiliam a problematizar o entretecer de fazeres nesta encruzilhada ética a partir da qual, por fim, aposta-se na invenção do caráter público como fundamental na atuação profissional no Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

Biografia do Autor

Bruno Cerqueira Gama, Universidade Federal de Sergipe / Prefeitura Municipal de Aracaju

Graduado em Formação e Habilitação em Psicologia pela Universidade Federal de Sergipe (2007). Mestre em Psicologia Social pelo Núcleo de Pós-Graduação e Pesquisa em Psicologia Social da Universidade Federal de Sergipe (2010). Desde Janeiro de 2011 atua como psicólogo da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMASC) de Aracaju-SE. Doutor em Psicologia pelo programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Federal Fluminense (2017). Suas áreas de interesse gravitam em torno da psicologia social, utilizando-se de perspectivas pós-estruturalistas, sobretudo, foucaultianas, na investigação dos seguintes campos temáticos: produção de subjetividade, autonomia, disciplina, espontaneidade, criatividade, coletivos, biopoder, políticas públicas de assistência social, saúde mental e redução de danos.

Claudia Abbês Baêta Neves, Universidade Federal Fluminense

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (1985), mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (1991), doutorado em Psicologia (Psicologia Clínica) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2002), e pós-doutorado em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (2010). É professora Associado IV da Universidade Federal Fluminense, vinculada ao Departamento de Psicologia, ministrando aulas na Graduação e na pós-graduação strito sensu - mestrado e doutorado. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Psicologia Social e Análise Institucional, atuando principalmente nos seguintes temas: produção de subjetividade, micropolítica, política pública de saúde e assistência social, formação profissional em saúde e educação.

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Publicado

01-12-2018

Como Citar

Gama, B. C., & Neves, C. A. B. (2018). Agonística em tempos de empreendedorismo de si: Desassossegos no trabalho com a política pública de assistência social. Interação Em Psicologia, 22(3). https://doi.org/10.5380/psi.v22i3.56178

Edição

Seção

Seção especial