Quando a vulnerabilidade se faz potência
DOI:
https://doi.org/10.5380/psi.v22i3.56045Palabras clave:
políticas públicas, vulnerabilidade, Nietzsche, poder, cuidadoResumen
Este texto discute o conceito de vulnerabilidade no qual se pautam várias das políticas públicas brasileiras. Presente em muitas de nossas pesquisas, os efeitos que o uso da noção de vulnerabilidade pode ter nas práticas profissionais realizadas nesse contexto público demarcam fronteiras investigativas que aqui propomos à reflexão. Sustentado em ideias da filosofia da diferença, examina o risco de que nossas atuações encubram práticas morais, relações de tutela e de assujeitamentos presentes no uso cotidiano e acrítico desta noção, que pode muitas vezes incapacitar os usuários com os quais trabalhamos. Retira-se de Nietzsche a perspectiva da vida compreendida como Vontade de Poder e explora-se o conceito de potência a partir da leitura deleuziana de Espinosa, para associá-lo à noção de frágil saúde como ampliação de perspectivas inventivas. Concluímos que o trabalho de cuidado pode explorar certa potência presente na vulnerabilidade, tanto no sentido de reforçar movimentos de ampliação de vida nas populações em que se realiza, como no sentido oposto.
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