Quando a vulnerabilidade se faz potência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/psi.v22i3.56045

Palavras-chave:

políticas públicas, vulnerabilidade, Nietzsche, poder, cuidado

Resumo

Este texto discute o conceito de vulnerabilidade no qual se pautam várias das políticas públicas brasileiras. Presente em muitas de nossas pesquisas, os efeitos que o uso da noção de vulnerabilidade pode ter nas práticas profissionais realizadas nesse contexto público demarcam fronteiras investigativas que aqui propomos à reflexão. Sustentado em ideias da filosofia da diferença, examina o risco de que nossas atuações encubram práticas morais, relações de tutela e de assujeitamentos presentes no uso cotidiano e acrítico desta noção, que pode muitas vezes incapacitar os usuários com os quais trabalhamos. Retira-se de Nietzsche a perspectiva da vida compreendida como Vontade de Poder e explora-se o conceito de potência a partir da leitura deleuziana de Espinosa, para associá-lo à noção de frágil saúde como ampliação de perspectivas inventivas. Concluímos que o trabalho de cuidado pode explorar certa potência presente na vulnerabilidade, tanto no sentido de reforçar movimentos de ampliação de vida nas populações em que se realiza, como no sentido oposto.

Biografia do Autor

Simone Mainieri Paulon, UFRGS - PPG de Psicologia Social

Psicóloga, Dra. em Psicologia Clínica (PUCSP), docente e pesquisadora PPG Psicologia Social da UFRGS.

Roberta Romagnoli, PPG Psicologia da PUCMG

Psicóloga, Dra. em Psicologia Clínica (PUCSP), docente e pesquisadora PPG Psicologia da PUCMG

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Publicado

01-12-2018

Como Citar

Paulon, S. M., & Romagnoli, R. (2018). Quando a vulnerabilidade se faz potência. Interação Em Psicologia, 22(3). https://doi.org/10.5380/psi.v22i3.56045

Edição

Seção

Seção especial