Fronteiras e fluxos no âmbito acadêmico: Interpelações de corpos transgressores da heteronormatividade
DOI:
https://doi.org/10.5380/psi.v22i3.55919Palavras-chave:
heteronormatividade, fronteiras, processos de subjetivação, transgêneroResumo
Objetivou-se analisar os modos de circulação, afetos vividos, fronteiras e porosidades percebidas, resistências e negociações operadas por uma estudante travesti no espaço de uma universidade pública. Recorreu-se aos estudos de gênero e sexualidade, bem como os que analisam processos de subjetivação relativos aos contextos urbanos. O cenário de investigação deu-se no campus de uma universidade federal e o curso de psicologia ao qual está vinculada a estudante. Metodologicamente, explorou-se uma narrativa das práticas cotidianas e dos encontros entre a estudante e o espaço da universidade durante uma semana, registrados por escrito. A análise dessa narrativa foi orientada pela perspectiva crítica do discurso. Os resultados apontam que os percursos cotidianos recortam a universidade com barreiras evidentes e revelam os limites dos espaços habitados, exigindo enorme esforço da estudante na luta pelo reconhecimento de seus direitos. Em relação ao curso de Psicologia, reconhece-se uma ausência de discussões mais efetivas sobre as questões de gênero e, em certa medida, a recorrência a modelos teóricos tradicionais que despotencializam a possibilidade de problematizar as experiências não heteronormativas.
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