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As Denunciantes de Violência Conjugal e os Serviços Prestados por uma Deam Segundo sua Equipe de Profissionais

Mirian Beccheri Cortez, Lídio Souza

Resumo


Investigou-se a percepção dos funcionários de uma Deam sobre as mulheres denunciantes e as implicações dessa percepção na avaliação do serviço que realizam. A Análise Temática de Conteúdo realizada nas entrevistas individuais com os 14 profissionais da equipe gerou as categorias: “Pobre mulher” e “Casos raros” caracterizam denunciantes e denúncias mais e menos frequentes; “Por que elas falam?” e “Por que outras se calam?” agregam aspectos relevantes para denunciar a violência sofrida (medo, filhos, dependência afetivo-financeira, controle da violência). Desistências do processo e reincidências de violência geram frustração profissional, a qual parece ser favorecida, também, pelas percepções sobre as usuárias e sobre decisões de denúncia. Destaca-se a importância da formação adequada e do apoio psicossocial para essas equipes.

Palavras-chave


violência doméstica; conflito conjugal; mulher; delegacia da mulher; polícia

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v19i1.26895