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A arquitetura de Oscar Niemeyer em Brasília: aspectos psicossociais

Edson Alves de Souza Filho

Resumo


Neste artigo, refletimos sobre critérios de usuários de prédios públicos na avaliação psicossocial da arquitetura de Niemeyer em Brasília. Adotamos a formulação de Moscovici (1961/1976) como referencial teórico principal, que considera o fenômeno das representações sociais como um tipo de conhecimento/prática social do senso comum a respeito de produções acadêmicas e profissionais. Participaram da pesquisa 71 usuários de ambos os sexos e três níveis de escolaridade, segundo finalidade declarada no prédio, seja para turismo/lazer, seja para trabalho, esporádico ou regular. Pedimos aos participantes que fizessem desenhos do prédio por dentro e por fora, e os descrevessem, verbalmente. Eles foram contatados no próprio local do prédio, segundo estivessem no Congresso Nacional, Teatro Nacional ou Catedral. Os prédios foram descritos através dos seguintes temas/ atitudes: físico-espacial e apropriação individual/social por fora (ambos temas considerados como favoráveis), enquanto prevaleceram descrições neutras e desfavoráveis sobre os mesmos temas por dentro. Os resultados foram modulados por escolaridade, gênero, tipo de prédio, tipo de usuário. As estratégias de apreensão foram material, acabamento, parte, interligação, elemento plástico, estrutura e circulação. Foram discutidos dois aspectos do fenômeno: importância coletiva da obra de Niemeyer para a história da cidade de Brasília como capital do país e sua inserção dentro do modernismo abstracionista.

 

Palavras-chave: arquitetura; representações sociais; psicologia social; Oscar Niemeyer.


Palavras-chave


arquitetura; representações sociais; psicologia social; Oscar Niemeyer

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v13i2.13634