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Enfrentamento entre cuidadores de pacientes pediátricos em tratamento de leucemia

Marina Kohlsdorf, Áderson Luiz Costa Junior

Resumo


O tratamento do câncer na infância tem acarretado repercussões adversas à família, ao condicionar alterações em práticas parentais e adaptações de rotina. Compreender como os cuidadores pediátricos enfrentam tais desafios constitui um requisito à proposição de intervenções psicossociais mais eficazes, reduzindo os custos comportamentais do tratamento. O objetivo do presente estudo foi investigar as estratégias de enfrentamento, adotadas por 30 cuidadores (média de idade 33,1 anos; DP = 9,4) de crianças e adolescentes, ao longo do semestre inicial de tratamento para leucemias, a partir do uso da Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e de entrevista semi-estruturada. A partir do uso de testes estatísticos para associações entre dados demográficos e tipos de estratégias, bem como comparações entre as médias obtidas, os resultados indicam alterações importantes nas estratégias adotadas, tais como o aumento, ao longo do tempo, de estratégias baseadas no problema e diminuição do uso de estratégias focalizadas na regulação emocional. Além disso, foram encontradas associações entre dados sociodemográficos e estratégias de enfrentamento focalizadas na emoção e na busca por suporte social. Os relatos obtidos nas entrevistas mostram outros exemplos de estratégias de enfrentamento além dos itens abordados na EMEP e também as principais demandas e dificuldades associadas ao tratamento. A partir dos resultados, destaca-se que o conhecimento da vivência do cuidador constitui um indicador relevante dos cuidados a serem disponibilizados pelos profissionais de saúde.

Palavras-chave: enfrentamento entre cuidadores; câncer; psicologia pediátrica.


Palavras-chave


enfrentamento entre cuidadores; câncer; psicologia pediátrica

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v13i2.13103