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O sofrimento psíquico e as novas modalidades de relação entre o normal e o patológico: uma discussão a partir da perspectiva freudiana sobre o caráter do psicopatológico

Clara Virginia de Queiroz Pinheiro, Isabella Maria Augusto Aguiar, Layza Castelo Branco Mendes

Resumo


No presente estudo partimos da tese de Ehrenberg, na qual é firmada a idéia de que a atividade clínica, nos dias atuais se estende à totalidade do sofrimento mental, não se restringindo mais aos cuidados com a dimensão patológica da experiência humana. Trata-se da constituição do campo da saúde mental, âmbito em que a psicopatologia se torna um domínio menor. Na medida em que a prática clínica não se especifica mais pelo caráter patológico de seu objeto, pomos em questão as relações entre o normal e o patológico subjacente à atenção em saúde mental. Dessa forma, iniciamos nossa investigação com o exame dos conceitos do normal e do patológico que marcaram a emergência da atividade clínica. Em seguida, abordamos a psicopatologia freudiana com o objetivo de ressaltar a especificidade do fenômeno psicopatológico em relação a outros tipos de sofrimento humano. Por fim, à luz das formulações freudianas acerca da diferença entre inibição e sintoma, pressupomos a identidade conceitual entre sofrimento psíquico e inibição, analisando as mudanças das relações entre o normal e o patológico que estão por trás das diversas modalidades de sofrimento psíquico adotadas como objeto clínico.

 

Palavras-chave: sofrimento psíquico; normal e patológico; Freud; Ehrenberg; saúde mental.


Palavras-chave


sofrimento psíquico; normal e patológico; Freud; Ehrenberg; saúde mental

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v12i2.10269