Soberania e experiência no frontispício do Leviatã (1651) de Thomas Hobbes: pensando o paratexto enquanto um elemento estético-político

Autori

DOI:

https://doi.org/10.5380/petfilo.v26i1.96381

Abstract

O presente trabalho procura trabalhar as relações de experiência e soberania na filosofia política de thomas Hobbes (1588-1679), partindo do frontispício da sua obra "Leviatã: ou a Matéria, Forma e Poder de um Estado Eclesiástico e Civil" (1651). Desse procura-se elencar os elementos que demonstram a ideia de Soberania, relacionando-a às noções de Experiência e Imagem na filosofia hobbesiana. Para tanto, será feita uma breve análise do contexto e de outras interpretações sobre a Soberania em Hobbes, vinculando a proposta de Giorgio Agamben sobre o paradoxo do Estado hobbesiano com a ideia da Percepção, baseando-se na Fenomenologia de Maurice Merleau-Ponty. Fazendo uma análise comparativa entre o frontispício e o materialismo de Hobbes, será esboçada a noção da soberania paradoxal e atravessada pelo medo, pensando o paratexto enquanto um elemento estético e político na obra em questão.

Biografia autore

João Augusto Kaminski Silla, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Curitiba, Paraná.

Departamento de História - Licenciatura da UFPR. Pesquiso Historiografia e Teoria da História em Sérgio Buarque de Holanda, contudo, transito entre as áreas de interesse que se seguem: História do Brasil, Teoria e Filosofia da História, Pensamento Social e Político, História Moderna e Contemporânea e História e Literatura.

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Pubblicato

2025-09-29

Come citare

Kaminski Silla, J. A. (2025). Soberania e experiência no frontispício do Leviatã (1651) de Thomas Hobbes: pensando o paratexto enquanto um elemento estético-político. Cadernos PET-Filosofia, 26(1). https://doi.org/10.5380/petfilo.v26i1.96381

Fascicolo

Sezione

Memória e Transformação