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O (NÃO)LUGAR DA FILOSOFIA BRASILEIRA

Benito Eduardo Maeso

Resumo


O que faz com que seja possível proclamar a existência de uma filosofia autenticamente brasileira? Neste artigo, serão analisadas algumas características do que poderia ser chamado de pensamento nacional, cujo mecanismo de geração seria caracterizado por dois processos: a apropriação e a ressignificação de conjuntos teóricos externos, gerando uma forma de pensar e agir que carregaria em si mesma a contradição entre o arcaico e o moderno, entre o universal e o particular. Esse mecanismo de funcionamento da formação do pensamento brasileiro é desnudado, de maneiras singulares, pelas análises de Paulo Arantes, Bento Prado Junior e Marilena Chauí, entre outros, que acabam por se debruçar sobre a seguinte questão: é possível uma filosofia genuinamente brasileira que possa abdicar de uma relação com a tradição e a história da filosofia ou é exatamente desta relação sui generis que surge a oportunidade de criarmos nossa própria gramática e discurso filosófico? Em outras palavras, que lugar ocupa o pensamento e a produção intelectual na definição do “ser brasileiro”?

Palavras-chave


Filosofia, Brasil, não-pertencimento, arcaico, moderno, ideologia

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/nesef.v8i1.68950