PODER E PRESERVAÇÃO NOS MUSEUS: A MEMÓRIA COMO CAPITAL SIMBÓLICO

Autores

  • Danielly Dias Sandy
  • Isaura Alberton de Lima

DOI:

https://doi.org/10.5380/nep.v10i1.95758

Palavras-chave:

Capital simbólico, Museu, Poder, Preservação, Memória.

Resumo

O presente artigo trata sobre a relação entre poder e preservação no âmbito dos museus, sendo estas instituições reconhecidas como importantes vetores da memória cuja atuação na sociedade legitima-se como capital simbólico além de histórico, cultural e econômico. Assim, o texto discorre sobre questões sensíveis e que historicamente se entrelaçam no bojo de mecanismos atribuídos aos impactos do patrimônio e suas relações de poder, sobretudo nos museus. O objetivo é apresentar uma análise traçada sob a perspectiva da memória como capital simbólico de um grupo, etnia ou mesmo sociedade, tendo os museus como foco principal para o reconhecimento, preservação e legitimação da memória resultando na construção de identidades. O método empregado é de análise qualitativa, abordagem teórica e documental, a partir de fontes primárias e secundárias. Dentre as conclusões, destaca-se o fato dos museus serem instituições aptas a integrar a sociedade em múltiplas esferas de estratégia e poder.

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Publicado

2024-06-10

Como Citar

Dias Sandy, D., & Alberton de Lima, I. (2024). PODER E PRESERVAÇÃO NOS MUSEUS: A MEMÓRIA COMO CAPITAL SIMBÓLICO. Revista NEP - Núcleo De Estudos Paranaenses Da UFPR, 10(1), 23–35. https://doi.org/10.5380/nep.v10i1.95758