Novas configurações do controle da loucura no Brasil: da crise do grande internamento ao modelo de atendimento descentralizado

Autores

  • Luís Antônio Francisco de Souza
  • Larissa Cristina Clemente Veiga

DOI:

https://doi.org/10.5380/nep.v4i2.63825

Palavras-chave:

Psiquiatria, Internação psiquiátrica, Políticas públicas de saúde mental, Estado de exceção.

Resumo

O presente artigo pretende problematizar as novas configurações das políticas de saúde mental no Brasil contemporâneo. O saber médico psiquiátrico se constituiu através da criação e disseminação dos hospitais psiquiátricos como espaços privilegiados de controle e exclusão de doentes mentais.  No Brasil, após a reforma psiquiátrica dos anos 1980, novas estratégias centradas no modelo ambulatorial e assistencial de atendimento foram estabelecidas como políticas públicas de saúde mental. No entanto, é possível observar a permanência e mesmo a retomada das práticas asilares. Na configuração atual, o internamento e o tratamento ambulatorial convivem com uma ampla prática de medicalização das “pessoas portadoras de transtornos mentais”. Dois mecanismos têm acionado estas estratégias: o surto psiquiátrico e os usuários de crack.

Downloads

Publicado

2018-12-11

Como Citar

Souza, L. A. F. de, & Veiga, L. C. C. (2018). Novas configurações do controle da loucura no Brasil: da crise do grande internamento ao modelo de atendimento descentralizado. Revista NEP - Núcleo De Estudos Paranaenses Da UFPR, 4(2), 94–109. https://doi.org/10.5380/nep.v4i2.63825

Edição

Seção

Dossiê