O filho do chefe: Estado Colonial e produção da hereditariedade política na Nova Caledônia

Autores

  • Éric Soriano

DOI:

https://doi.org/10.5380/nep.v3i4.57159

Resumo

As lógicas da transmissão do poder hereditário no mundo canaco são analisadas aqui a partir de uma pesquisa sobre a representação excessiva de "líderes" na política na Nova Caledônia colonial na década de 1950. Este estudo baseia-se na prosopografia de melanésios eleitos após o fim do Código do Indigenato (1946), na pesquisa nos arquivos da Administração Colonial e em entrevistas com representantes eleitos e ex-funcionários eleitos do período. Parece que esta representação excessiva de líderes é mais o produto de uma instrumentalização simbólica operada por eles do que uma legitimidade "tradicional" de hereditariedade que seria convertida em política. No contexto canaco, o que conta para esses "líderes" se imporem na política é a capacidade de controlar um espaço consagrado pela administração e sua localização na fronteira com o Estado Colonial.

Referências

Plano do artigo

A glória política dos líderes?

Trajetórias nas fronteiras do Estado Colonial

Líderes na política ou poder do parentesco

Paternidade não conversível

Uma desintegração paradoxal

Duas configurações de herança política

Downloads

Publicado

2017-12-31

Como Citar

Soriano, Éric. (2017). O filho do chefe: Estado Colonial e produção da hereditariedade política na Nova Caledônia. Revista NEP - Núcleo De Estudos Paranaenses Da UFPR, 3(4), 30–46. https://doi.org/10.5380/nep.v3i4.57159