O paradoxo da transmissão familiar do poder

Autores

  • Marie Brossier
  • Gilles Dorronsoro

DOI:

https://doi.org/10.5380/nep.v3i4.57155

Resumo

Num sistema político competitivo, a transmissão hereditária do poder é um fenômeno paradoxal. O discurso democrático é de fato meritocrático e implica numa separação das esferas privada e pública. No entanto, em alguns sistemas políticos competitivos, e sem transmissão hereditária legal, as famílias ocupam posições de poder por várias gerações. Embora central em algumas democracias, a dimensão familiar do poder político permanece relativamente inexplorada. Este objeto "não convencional" é abordado aqui a partir de estudos de caso no Sudeste Asiático (Índia), na França (Gironde e Nova Caledônia) e no Líbano. Todos esses exemplos levantam a questão da renovação das elites em antigas ou novas sociedades democráticas e nos convidam a pensar sobre as fronteiras - mais porosas do que parece - entre experiências democráticas, poliarquias e oligarquias.

Referências

Plano do artigo

Disciplinar o objeto de hereditariedade?

Formação de dinastias políticas e constituição de um capital político familiar.

Qualificar e desqualificar a hereditariedade na política.

Downloads

Publicado

2017-12-31

Como Citar

Brossier, M., & Dorronsoro, G. (2017). O paradoxo da transmissão familiar do poder. Revista NEP - Núcleo De Estudos Paranaenses Da UFPR, 3(4), 1–10. https://doi.org/10.5380/nep.v3i4.57155