Os intérpretes do Brasil: pensamento sociopolítico lastreado no fluxo de ideias, narrativas e realidades na busca de uma identidade nacional brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5380/nep.v3i2.53518Resumo
Este artigo procura compreender o Brasil a partir do fluxo histórico de pensamento de seus intérpretes e investiga se há uma questão central que permeia as diversas narrativas, sejam elas de cunho político, sociológico ou outros. Apuramos que a busca por uma identidade brasileira e a vontade de nos entendermos como povo está presente na escrita dos diversos “intérpretes do Brasil” aqui examinados, como Sérgio Buarque de Holanda, Victor Nunes Leal, Raymundo Faoro, Florestan Fernandes, Jessé Souza, entre outros. Da mesma forma, verificou-se que a constituição da identidade brasileira incorpora conceitos como a subalternidade, a subcidadania, o mando e a submissão, relações de dependência, desigualdade, passividade, fatalismo, familismo, cordialidade, entre outras qualificações que foram forjadas por meio da colonialidade, do patrimonialismo, da dominação estamental, coronelismo, autoritarismo e autocracia, democracia restrita, capitalismo dependente, violência física e simbólica, exclusão, relações servis e de privilégios, tão presentes na realidade brasileira.