FRELIMO: de um movimento revolucionário a partido político
DOI:
https://doi.org/10.5380/nep.v2i2.46989Resumo
O presente texto tem vista analisar a transformação do movimento revolucionário, FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique), em partido político. Partindo-se da ideia de que analisar partidos políticos não é uma tarefa fácil e que as observações mais inteligentes ainda temos que buscar dos velhos textos, como reconhece Panebianco (2005), começaremos analisando o que esses velhos textos nos oferecerem em matéria de origem dos partidos políticos, particularmente, de “Os Partidos Políticos” de Duverger (1970). Posteriormente, analisaremos o enquadramento da Frelimo, como partido político, dentro dessas teorias com o apoio de textos mais recentes como “Modelos de Partidos: Organizações e poder nos partidos políticos” de Panebianco, sem nos descurarmos das principais ideias de Sartori como autor que trabalhou de forma específica o contexto africano, naquilo que ousou designar de “O Labirinto Africano” em alusão a necessidade de o contexto africano dever ser entendido tendo em conta aspectos específicos que só dizem respeito às peculiaridades da África.