Nota sobre a guerra, o jogo e o inimigo
DOI:
https://doi.org/10.5380/his.v71i1.89144Palavras-chave:
Guerra, jogo, inimigo, agonResumo
A nota procura apresentar abordar os conceitos de guerra, jogo e inimigo a partir da leitura e questionamento das construções teóricas apresentadas por Carl Schmitt a respeito do tema. De início, aborda a questão da circularidade que se dá na constituição dos conceitos de "guerra" e "inimigo" em Schmitt, apontando como o autor estava ciente dessa questão. Na sequêcia, procura evidenciar como o conceito de jogo fora propositalmente obliterado por Schmitt na construção de sua teorização da guerra, sobretudo em virtude das implicações teóricas que isso poderia causar à sua concepção do político. Assim, procura apresentar a questão do "agonal" no âmbito da guerra, demonstrando como na Antiguidade Clássica - e isso a partir de autores como Huizinga, Vernant e Strauss - a guerra ritual (agonal) cumpria um papel fundamental na constituição do político. Por fim, tais implicações são apresentadas como contraparte à concepção schmittiana da guerra, de modo que as perspectivas de pesquisas sobre a problemática bélica possam ser redimensionadas para além da captura estatal dos mecanismos de guerra e de consequente obliteração do agônico que nesta se dá.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
Os textos da revista estão licenciados com uma Licença
Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.