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Proudhon, clínico do social

Juliana Vermelho Martins

Resumo


Por que Proudhon (1809-1865), pensador e ativo anarquista presente em vários escritos de Ansart não se encontra no amplo arco de dez autores nomeados por ele como “clínicos das paixões políticas”? A ausência intrigou as pesquisadoras em ativa colaboração no Dossiê Ansart proposto para a Revista História: questões e debates. A curiosidade intelectual e a persistência na busca da resposta à intrigante pergunta levou à descoberta do texto” Proudhon, clinicien du social” (Archives Proudhoniennes, Société P.-J. Proudhon, Paris, 1996.1996, p. 3-13). Acreditamos ter sido ele um artigo seminal para as reflexões de Pierre Ansart sobre as paixões políticas. Assim, ao montarmos o dossiê para marcar seu centenário, trazemos o texto a público em português, no intuito de evidenciar a originalidade e a riqueza de seu pensamento. O artigo foi originalmente publicado em 1996, nos Archives Proudhoniennes, revista da Société P.- Joseph Proudhon, criada em 1982 com a finalidade de difundir as ideias do socialismo libertário e o federalismo de Proudhon. Pierre Ansart foi um dos fundadores desta entidade colaborando com debates, encontros e publicações. Foi neste artigo que ele adotou, pela primeira vez, a metáfora “clínico” para os observadores e reformadores da realidade social e política. No ano seguinte, publicou o livro Les cliniciens de passions politiques, agora em português com tradução primorosa de Jacy Seixas, no prelo pela Editora da UFPR. Contamos com a colaboração de Phillippe Arthur dos Reis que acessou e fotografou o artigo na Biblioteca Nacional da França e com a autorização de Olivier Ansart para a publicação


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/his.v70i2.87374