A LABUTA SEM CIRANDA: CRIANÇAS POBRES E TRABALHO EM MARIANA (1850-1900)
DOI:
https://doi.org/10.5380/his.v45i0.7949Palavras-chave:
transição para o trabalho livre, economia de subsistência, trabalho infantil, transition from the slavery system to free labor one, subsistence economy, child laborResumo
Nosso objetivo, nesse texto, consiste em investigar o interesse pela utilização da criança como mão-de-obra nas propriedades da localidade de Mariana na segunda metade do século XIX. Mariana, desde o declínio da mineração, passou a ter como atividade econômica principal a produção de alimentos, tanto para subsistência quanto para o abastecimento do mercado inter e intraprovincial. O período em foco consiste em um momento de transição do sistema escravista para o sistema livre de trabalho. Naquele momento, acirraram-se as discussões sobre como dar-se-ia a transição. Entre as alternativas em debate, estava aquela que idealizava o emprego da mão-de-obra nacional em
substituição à escrava. Nesse contexto, as crianças, que poderiam ser educadas desde cedo para o trabalho, eram especialmente interessantes, pois apresentavam maior facilidade de subjugação (jornadas de trabalho estafantes, remuneração ínfima ou inexistente, castigos, etc.), além de perspectiva de vida longa. Os fatores que inserem a criança no mundo do trabalho estão ligados à orfandade e às dificuldades de sobrevivência que, amiúde, resultavam na necessidade de os filhos de famílias pobres
enfrentarem a lida diária ou até mesmo partirem para outros domicílios em busca de trabalho, a fim de contribuir ou mesmo manter a subsistência da família. Trabalharemos com registros de tutela, remoções de tutela, processos-crime e o recenseamento de 1872.
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