REDE DE MERCÊS E CARREIRA: O “DESTERRO D’ANGOLA” DE UM MILITAR LUSO-BRASILEIRO (1782-1789)
DOI:
https://doi.org/10.5380/his.v45i0.7946Palavras-chave:
Império Colonial Português, militares, mercês, Portuguese Colonial Empire, military, merces, giftResumo
O aparecimento de uma camada de militares letrados de baixa patente nas colônias portuguesas é um fenômeno típico da segunda metade do século XVIII. A inserção desses letrados na carreira das armas era complexa, pois a corporação era tanto o lugar de criminosos, condenados ao exílio, como o espaço tradicional da nobreza. Esses militares circulavam pelas diversas colônias e, portanto, compartilhavam com a elite governante, proveniente da nobreza de Portugal, uma noção ampliada da diversidade espacial e social do Império. A meritocracia
funcionava até certo patamar. Em outro nível, a corporação reproduzia a rigidez da estrutura social do Antigo Regime. Para conseguir que os seus méritos fossem reconhecidos e recompensados, aqueles que não provinham de famílias ricas ou ilustres precisavam dominar as redes parentais da elite governante, estabelecendo algum tipo de vínculo com ela. Formavam-se, desta forma, redes clientelares, que podem ser
pensadas como cadeias de mercês, ou de dádivas.
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