História do Queijo Colonial do Rio Grande do Sul: das cozinhas para o mercado
Palavras-chave:
História, Queijo Colonial, Queijos tradicionais, MulheresResumo
Os queijos tradicionais são produtos marcados pela identidade local, pois os recursos naturais e os conhecimentos envolvidos em sua elaboração são frutos da história de um território. No Rio Grande do Sul, há dois queijos tidos como tradicionais: o Queijo Serrano e o Queijo Colonial. O Queijo Colonial é produzido em diversas regiões, encontrado em diferentes tipos de varejo e muito conhecido pelos consumidores. Entretanto há poucas pesquisas sobre sua história. O objetivo desse trabalho é gerar um registro sobre a história do Queijo Colonial no estado, acompanhando as alterações no modo de fazer, seu papel nos estabelecimentos rurais ao longo do tempo, e o papel das mulheres nesse processo. A metodologia incluiu pesquisa bibliográfica e coleta de dados primários por meio de entrevistas com produtores. As regiões abrangidas foram: Serra, Quarta Colônia e Vale do Taquari. A história do Queijo Colonial inicia quando os colonos europeus conseguem adquirir bovinos, depois de estabelecer as primeiras plantações e construir casa para a família. O leite era utilizado para assegurar as necessidades básicas, o que sobrava ia para produção de queijo. As mulheres eram as principais responsáveis pela produção do queijo, feito nas cozinhas, com leite não pasteurizado, coalho e sal. A bovinocultura de leite se desenvolve a partir de 1940, quando surgem pequenas agroindústrias, e o queijo passa ser uma fonte renda importante, as mulheres, entretanto, ainda tem papel preponderante no processo. Dificuldades para legalização em pequena escala e a falta de regulamento para valorizar as potencialidades do Queijo Colonial demandam mais pesquisas.
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