CAROL RAMA, ENTRE A SEXUALIDADE, A LOUCURA E A DOR
DOI:
https://doi.org/10.5380/his.v67i1.63994Palavras-chave:
arte, sexualidade, biopoder, crítica feministaResumo
Por longo tempo ignorada pelos críticos da arte, a produção artística de Carol Rama (1918- 2015) ganha destaque em exposições e nas interpretações feministas. Sobressaem, em sua obra, temas relacionados à sexualidade, à fantasia erótica, à lascívia na relação entre os gêneros, à masturbação masculina e à exposição sensualizada de corpos nus, associados à loucura e à perversão sexual. As reflexões e os operadores conceituais de Foucault permitem lançar um olhar mais aprofundado a essa produção artística transgressora e evidenciar a crítica contundente que a artista italiana lança ao dispositivo da sexualidade, ao biopoder e à ciência eugenista. Como bem mostrou o filósofo, em sua leitura crítica tanto da ciência médica quanto do cristianismo, desde o século XIX, os processos normalizadores se apoiaram em noções médico-psiquiátricas, como a de psychopatia sexualis, reatualizando narrativas misóginas sobre o pecado original e a figura de Eva, quase sempre acompanhada pela serpente. Exploro esses temas a partir da arte pictórica de Carol Rama, vista como prática da liberdade feminina.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos de primeira publicação para a Revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
Os textos da revista estão licenciados com uma Licença 
Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.
