A RAINHA QUELÉ: RAÍZES DO EMPRETECIMENTO DO SAMBA

Autores

  • Dmitri Cerboncini Fernandes Universidade Federal de Juiz de Fora

DOI:

https://doi.org/10.5380/his.v63i2.46705

Palavras-chave:

Movimento Negro, Samba, Sociologia da Arte

Resumo

Neste artigo analiso o advento de Clementina de Jesus ao cenáculo artístico na década de 1960. Seu surgimento possibilitou que certo nacionalismo de esquerda, até então propugnado de modo unívoco por um grupo de intelectuais e ativistas das artes populares, descobrisse uma nova feição, a que viria a ser considerada a mais “autêntica”: a afro-negro-brasileira. A partir deste ponto abria-se uma via aos movimentos negros e aos construtos que davam conta da categorização do outrora “nacional-universal” samba: o “verdadeiro” samba encontrava doravante a sua raiz exclusivamente afro-negra, ao passo que, de outro lado, o que se pode denominar imprecisa e vagamente de “cultura” afro-brasileira – ideário que em partes subsidiou a formação do Movimento Negro Unificado – o seu símbolo-mor nas artes nos anos 1970-80: o samba “verdadeiro”.

Biografia do Autor

Dmitri Cerboncini Fernandes, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professor Adjunto II de Ciências Sociais na Universidade Federal de Juiz de Fora. Bacharel em Ciências Sociais (USP), Doutor em Sociologia (USP/EHESS-Paris), Pós-Doutor em História Social (USP).

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Publicado

2016-05-16

Como Citar

Fernandes, D. C. (2016). A RAINHA QUELÉ: RAÍZES DO EMPRETECIMENTO DO SAMBA. História: Questões & Debates, 63(2). https://doi.org/10.5380/his.v63i2.46705

Edição

Seção

Dossiê: Histórias do Tempo Presente: ditadura, redemocratização e raça no Brasil