SENTIDOS DA INSTRUÇÃO DOS AMERÍNDIOS EM LÍNGUA PORTUGUESA (SÉCULOS XVI A XVIII)
DOI:
https://doi.org/10.5380/his.v60i1.38280Palavras-chave:
primeiras letras, políticas de língua, Brasil.Resumo
O presente artigo tem por objectivo reflectir as finalidades da educa- ção implementada em meio ameríndio, em especial no que concerne a introdução do idioma português entre estes falantes não nativos. Discutiremos as políticas levadas a cabo pela Coroa nos séculos XVI a XVIII, tomando não apenas a educação em si, mas perspectivando a educação como estratégia com vista a uma solução sociolinguística e cultural para a Babel brasileira. Por outro lado, impõe-se, igualmente, a consideração dos esforços da actividade missionária, suas perspectivas e sentidos da inclusão através da instrução catequética e linguística, mas também os principais obstáculos com que, não raro, se deparou até a implementação do Diretório dos Índios nas suas várias versões. Neste sentido, centrar-nos-emos nas comunidades ameríndias, pela sua diversidade, temporalidade e espacialidade, desde os primeiros contactos missionários à intervenção das reformas de Sebastião de Carvalho e Melo. Contexto, agentes, processos e recursos constituem, como tal, peças fundamentais para uma compreensão global das causas e consequências que orquestraram a educação durante o período do Brasil colonial.
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