A invenção e as reinvenções transatlânticas da “Critical Theory”

Autores

  • Laurent Jeanpierre l’Université de Paris VIII

DOI:

https://doi.org/10.5380/his.v0i53.24121

Palavras-chave:

circulação internacional de ideias, teoria crítica, exílio intelectual

Resumo

Qual seria a origem da expressão “Critical Theory” que circula pelas
universidades norte-americanas, mas sem equivalência na Europa
continental? Esse artigo relata as origens intelectuais e sociais desse
conceito e dessa designação, cunhados pelo filósofo alemão Max
Horkheimer, em 1937, durante o exílio do Institut für Sozialforschung
na América. Ele descreve também as circunstâncias do abandono
desta etiqueta logo depois (e até 1968). As razões da interrupção do
uso deste termo só podem ser compreendidas por meio de uma análise
transnacional de um mundo acadêmico internacional. Através dela, as
perguntas poderiam surgir em torno das condições subjacentes a uma
posição intermediária e intercultural – e em torno do duplo status de
outsider dos emigrantes. As mudanças de Adorno e de Horkheimer, ao
longo de trinta anos, nas suas autoapresentações, foram o preço subjetivo
a pagar para a prática de um jogo social que, acumulando os lucros de
participação e de crítica, manteve um status e uma identidade, apesar
da perda de suas posições, durante o exílio, e de suas reclassificações,
após o regresso. As condições subjetivas sociais da “migração de
conceitos” e da globalização cultural importam, especialmente, para
medir as assimetrias.

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Como Citar

Jeanpierre, L. (2010). A invenção e as reinvenções transatlânticas da “Critical Theory”. História: Questões & Debates, 53(2). https://doi.org/10.5380/his.v0i53.24121

Edição

Seção

Dossiê – História intelectual: “Ideias e conhecimentos: produção, circulação, transmissão”