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Historiografia das formas familiares. Dilemas e encruzilhadas

Ricardo Cicerchia

Resumo


Sobre este itinerário científico dos estudos de família, ainda inconcluso,nos propusemos desenvolver duas questões aparentemente ingênuaspara a história de família. Em que sentido podemos dizer que a famíliatem história? E em que sentido a família europeia, inspiradora dosmodelos clássicos de análise, se diferencia das do resto do mundo?Trata-se de certa necessidade de voltar aos fundamentos da história eà antropologia, duas disciplinas que contribuíram muito ao imagináriosocial sobre a família, de retomar seus encontros e acalmar os desvelosque geram certas confusões conceituais. A tais efeitos será expostaa questão de um itinerário americano para o campo, bem como dosproblemas residenciais e a organização social da cotidianidade. Poroutro lado, aludir-se-á a sete recorrências fundamentais, a saber:reafirmar o caráter patriarcal e o impacto decisivo da lógica econômicado capitalismo sobre a organização familiar; revisitar a hermenêuticada “razão familiar”; reinterpretar as práticas familiares como expressãode um sistema cultural; repensar o casamento e a moradia como umproblema; compreender o desafio proposto pelo padrão linguístico ànarrativa histórica; reorientar os novos lineamentos da pesquisa sobreos tipos e intensidades da pobreza, e propor uma estética das formasfamiliares que historie o imaginário social.

Palavras-chave


family history; family performances; American family forms; história da família; performances familiares; formas familiares americanas

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/his.v50i0.15673