Das nossas ciências ao diálogo intercientífico para a sustentabilidade alimentar e o desenvolvimento sustentável
DOI:
https://doi.org/10.5380/guaju.v2i1.48523Resumo
Este artigo discute as ciências endógenas como um sistema de conhecimentos que pode contribuir para a segurança e a soberania alimentar. Toma como premissa fundamental o reconhecimento de que todos os sistemas de conhecimentos milenares do mundo são ciências com suas próprias epistemologias e ontologias e isto implica em diferentes visões de vida e valorações, como é o caso dos conceitos de alimento e medicina. O objetivo deste artigo é analisar e promover marcos teóricos e metodológicos que levem ao diálogo intercientífico de saberes entre os diferentes sistemas de conhecimento do mundo, considerando o pluralismo epistemológico e o surgimento e/ou recriação de paradigmas das ciências e o desenvolvimento, e propondo delineamentos a partir da praxis para fortalecer o corpus cognitivo das ciências endógenas que aportem à sustentabilidade alimentar e ao desenvolvimento sustentável. Pode-se afirmar que o diálogo de saberes que parte da revalorização da sabedoria das nações e povos indígenas camponeses do mundo (que chamamos de intraculturalidade) e a transdisciplinaridade (acadêmica), tem sido a base para sustentar um marco teórico-conceitual e metodológico que permite aportar à construção de novos paradigmas das ciências e o desenvolvimento que se concretiza no diálogo intercientífico.
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