O MEDO URBANO E O PROTAGONISMO DOS T-LOVERS NO CIBERTERRITÓRIO: O FIM DO TERRITÓRIO DE PROSTITUIÇÃO DE TRAVESTIS NO BAIRRO DA GLÓRIA?
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v17i1.81695Palavras-chave:
Ciberespaço, Prostituição, Território, T-lover, TravestiResumo
Neste artigo buscamos compreender o território de prostituição de travestis no bairro da Glória a partir de diferentes olhares, assinalando que um espaço desprezado por uma parcela da sociedade pode ser visto como algo além de uma “zona de batalha”, ou seja, como uma oportunidade de trocas e de convívio entre corpos considerados abjetos. Através da metodologia de análise do discurso, observamos que, para as travestis, o território é por essência um espaço que possibilita a autodefesa, sua construção identitária, sua [re]existência e sua resistência diante das portas que se fecham durante o dia. Esse território por elas controlado no período noturno também depende da existência de um outro ator social – os t-lovers, grupo diretamente envolvido no comércio do corpo e que paga não só pelo sexo, mas pelo silêncio que oculta sua identidade. Com o crescimento da violência e do sentimento de medo na urbe, muitos t-lovers passam a ver de perto os riscos dos territórios de prostituição e começam a transpô-los para o ciberespaço. Assim, elucidar as relações de poder no território de prostituição no bairro da Glória e no ciberterritório constitui um importante mecanismo para compreendermos as novas configurações entre travestis e t-lovers nos territórios de prostituição.
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