USO E OCUPAÇÃO DA TERRA EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE NO ENTORNO DO PARQUE NATURAL MUNICIPAL DO CAMPO GRANDE, EM CAMPINAS (SP)
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v16i1.75607Palavras-chave:
unidades de conservação urbanas, geoprocessamento, áreas de preservação permanente, CampinasResumo
O processo de produção do espaço combinado com condições precárias de vida urbana gera problemas socioambientais que afetam de forma diferenciada o espaço físico-territorial, atingindo muito mais as classes menos favorecidas, já que tendem a ocupar os espaços mais desvalorizados. O Parque Natural Municipal do Campo Grande é uma Unidade de Conservação (UC) de Proteção Integral inserida numa região com intenso ritmo de ocupação, no sudoeste do município de Campinas (SP). Mesmo o entorno dessas áreas permitindo certo grau de ocupação humana, são frágeis no aspecto ambiental e são frequentes as ocupações inadequadas das Áreas de Preservação Permanente (APP) dos cursos d’água, que os protegem contra a erosão, evitando agravamento de enchentes, além de interligarem remanescentes de vegetação nativa, o que permite a manutenção de ecossistemas naturais, relacionando-se, então, diretamente aos objetivos das UCs de Proteção Integral. Dessa forma, o intuito desse trabalho consistiu no mapeamento das APP da hidrografia no entorno do PNM do Campo Grande para posterior análise do uso e ocupação da terra, identificando inadequações de acordo com o novo Código Florestal (Lei Federal 12.651/2012) capazes de resultar em impactos socioambientais que se estendem muito além dos limites urbanos e, muitas vezes, dos limites municipais. A análise foi realizada por meio da interpretação de imagens de satélite conjugadas com ortofotos, verificação por trabalho de campo e técnicas de geoprocessamento para processamento dos dados. Obteve-se, assim, quando consideradas as classes de florestas, campos e corpos d’água, que 40,64% (277,68 ha) da área total das APP do entorno do PNM do Campo Grande estão de acordo com a legislação vigente, enquanto que 59,36% (405,60 ha) estão em desacordo.
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