GEOGRAFIA E LITERATURA, MIGRAÇÃO E EXISTÊNCIA: O TRANSMUNDO DE MONSALIM
DOI:
https://doi.org/10.5380/geografar.v14i2.59559Palavras-chave:
Geografia. Literatura. Espaço. Migração.Resumo
Uma leitura geográfica do espaço e do sujeito que busca a interpretação integrada entre ciência e arte, objetividade e subjetividade, concreto e simbólico, não omite as contribuições da literatura. Neste sentido, acredita-se que a voz literária enriquece e alarga a ação científica do geógrafo, seu modo de ver, desvendar e dizer o mundo. Em diferentes gêneros como poema, conto e romance, a literatura deixa inscrita as marcas de tempos e espaços, sua densidade econômica, antropológica, cultural e geográfica. Há neles cartografias da vida concreta e suas referências simbólicas, sociais e políticas. Sendo assim, as reflexões apresentadas neste texto baseiam-se na leitura do romance “Minha querida Beirute”, do escritor Miguel Jorge. O núcleo central da leitura é o processo migratório. Tratar-se-á de mostrar como o literato, em sua obra, “pisa o chão” revelando o sentido pedagógico do gênero romance: a sua capacidade de, por meio de uma história imaginada, dizer o inacabamento humano a partir da crítica de um tempo e as implicações dos conflitos, guerras e migrações forçadas que desenham a geopolítica global. O texto ainda sublinha as inesgotáveis possibilidades de diálogos entre geografia e literatura ao ampliar leituras do mundo, do espaço, do sujeito e da existência.
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