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CARGA DE TRABALHO FÍSICO E POSTURA NA COLETA DE PINHÃO NA REGIÃO SERRANA DE SANTA CATARINA

Pedro Caldas de Britto, Eduardo da Silva Lopes, Felipe Martins de Oliveira, Carla Krulikowski Rodrigues, João Fert Neto, Maurício Cesar de Souza

Resumo


A coleta do pinhão ou sementes de Araucaria angustifolia, representa uma importante fonte de renda para as famílias de propriedades rurais no Sul do Brasil. A derrubada de pinhas é uma técnica empregada posteriormente ao período de defeso do pinhão conforme determinado pela Normativa DC/Ibama n.20/76. Na derrubada, emprega-se a escalada de árvores pelos trabalhadores rurais, com auxílio de equipamentos. Neste contexto, objetivou-se analisar a carga de trabalho físico e as posturas adotadas pelos trabalhadores na coleta do pinhão, visando obter melhoria nas condições de trabalho, conforto, saúde e segurança. O estudo foi realizado em propriedades rurais da região Serrana de Santa Catarina, Brasil. A carga de trabalho físico foi obtida por meio do levantamento da frequência cardíaca dos trabalhadores durante a execução do trabalho, por meio de um monitor Polar Ou, e o trabalho foi classificado segundo metodologia proposta por Apud (1989). A avaliação das posturas foi feita por meio de filmagens dos trabalhadores e os dados foram submetidos para análise no software “WinOwas” de análises de posturas. Os resultados mostraram que a subida e descida das árvores foram as fases do trabalho de maior exigência física e causadora de maior apreensão nos trabalhadores, devido ao elevado risco de acidentes, sendo o trabalho classificado como de exigência física moderadamente pesada. Já as posturas se mostraram inadequadas nas fases de derrubada e catação das pinhas, sendo recomendada a adoção de medidas ergonômicas para a melhoria das condições de trabalho.


Palavras-chave


Ergonomia florestal, fisiologia, saúde, sobrecarga física.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rf.v48i2.54930