CARBONO NO SOLO, ACÚMULO E QUALIDADE DA SERAPILHEIRA EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO FAMILIAR

Autores

  • Idelfonso Colares de Freitas Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins
  • Felipe Corrêa Veloso dos Santos Universidade Federal do Goiás
  • Ronaldo de Oliveira Custódio Filho Universidade Federal do Goiás
  • Vladia Correchel Universidade Federal do Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5380/rf.v46i1.42065

Palavras-chave:

Sistema agroflorestal, agricultura itinerante, agricultura familiar.

Resumo

Na Amazônia, a conversão das florestas em agroecossistemas tem se caracterizado pela redução nos estoques de carbono vegetal, o que não se alinha com os princípios da sustentabilidade. O objetivo deste estudo foi avaliar os impactos do uso do solo pela agricultura familiar nos estoques de carbono do solo, na quantidade acumulada e na qualidade da serapilheira. As formas de uso avaliadas foram: SAF = sistema agroflorestal, PA = pastagem cultivada, RT = roça de toco e MA = mata nativa, todos sobre Neossolo Quartzarênico. Em cada sistema foram coletadas sete amostras de serapilheira e de solo nas profundidades de 0-5, 5-10, 10-20 e 20-40 cm nos meses de julho de 2010 e janeiro de 2011. Foram analisados os teores de macro e micronutrientes, relação C/N, lignina, polifenóis e carbono na serapilheira e no solo. Entre os sistemas antropizados, o SAF apresentou maior produção de serapilheira e acúmulo de nutrientes nos resíduos nos dois períodos avaliados e maior estoque de carbono no solo no período seco. No entanto, seus resíduos foram mais recalcitrantes que os tratamentos MA e PA.

Biografia do Autor

Idelfonso Colares de Freitas, Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Tocantins

Graduado em Licenciatura Plena em Ciências Agrícolas pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1989), especialista em metodologia do ensino superior pela Universidade Federal de Viçosa (1994), mestre em Agroecologia pela Universidade Estadual do Maranhão (2008), doutor em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2013), área de concentração Solo e Água. Atualmente é professor do Instituto Federal do Tocantins - Campus Araguatins (Antiga Escola Agrotécnica Federal), onde leciona a disciplina de agroecologia. Pesquisa na área de sustentabilidade ambiental dos sistemas de produção familiar da região pré-Amazônica. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em manejo de sistemas Agroecológicos.

Felipe Corrêa Veloso dos Santos, Universidade Federal do Goiás

Professor assistente na Escola de Engenharia da Pontifícia Universidade de Goiás (Goiânia-GO). Consultor técnico desde de 2013 nas áreas de Hidráulica, Engenharia de irrigação e Hidrologia na Revista Irriga (Unesp), e Física do Solo, Engenharia de Solo e Água, e Estatística Experimental na Revista Ciências Técnicas Agropecuárias (UFPB). Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Física do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade física do solo, conservação do solo, vegetação riparia, qualidade física e índices de qualidade do solo. Tem interesse nos seguintes temas; modelagem em sistemas complexos, modelagem de fluxo em meios porosos, variabilidade espacial e temporal de atributos físico-hídricos.

Ronaldo de Oliveira Custódio Filho, Universidade Federal do Goiás

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Goiás (2007) e mestrado em Agronomia (2011), área de concentração Solo e Água. Tem experiência na área de Conservação do Solo.

Vladia Correchel, Universidade Federal do Goiás

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Lavras (1996), mestrado em Agronomia (Solos e Nutrição de Plantas) pela Universidade de São Paulo (1998) e doutorado em Ciências (Energia Nuclear na Agricultura) pela Universidade de São Paulo (2004). É colaboradora da Universidade de Brasília, colaboradora da Universidade de São Paulo, professora adjunta III e coordenadora do Laboratório de Física do Solo da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás. Participa de projetos como coordenadora (i. Monitoramento de indicadores físicos, químicos, microbiológicos e ambientais de solos cultivados em SAF's, ii. Educação ambiental e estabilização de uma voçoroca no lote 536 no Plano de Assentamento Oziel Alves Pereira em Baliza, GO, iii. Recuperação ambiental do assentamento de reforma agrária Vale do Araguaia, Baliza, GO) e colabora (i. Use of 137Cs fallout redistribution analysis for the determination of optimal width of riparian forests for erosion control, ii. Uso de faixas filtro para controle de processos erosivos no estado de Goiás, iii. Zoneamento agroclimático para a fruticultura do estado de Goiás, iv. Bases para o gerenciamento de estradas não pavimentadas). Na instituição de origem, coordena alunos de graduação, bolsistas de iniciação científica (PIBIC, PIVIC) e de extensão rural (PROBEC, PROVEC), de ação social (PROCOM), estagiários de outras instituições da região, bolsistas de pós-graduação de diferentes formações: agronomia, geografia, engenharia agrícola, engenharia florestal. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Física do Solo e Conservação do Solo, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação do solo, plantio direto, erosão hídrica, rotação de culturas e indicadores de sustentabilidade. Tem interesse em pesquisas nas áreas de Engenharia Florestal, Zootecnia e Energia Nuclear aplicada à Ciências do Solo.

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Publicado

31-03-2016

Como Citar

Freitas, I. C. de, Santos, F. C. V. dos, Custódio Filho, R. de O., & Correchel, V. (2016). CARBONO NO SOLO, ACÚMULO E QUALIDADE DA SERAPILHEIRA EM SISTEMAS DE PRODUÇÃO FAMILIAR. FLORESTA, 46(1), 31–38. https://doi.org/10.5380/rf.v46i1.42065

Edição

Seção

Artigos