Face à la folie. Psychose, phénoménologie et analyse existentielle (Daseinsanalyse)
DOI :
https://doi.org/10.5380/dp.v20i1.86975Mots-clés :
délire, ontologie, phénoménologie, psychose, psychanalyse, réduction, réflexion.Résumé
En prétendant jeter sur la folie alias la psychose de nouvelles lumières, l’analyse existentielle (Daseinsanalyse) se heurte à une objection méthodologique fondamentale : à quelle condition la phénoménologie est-elle en mesure de de pénétrer dans le monde de la folie ? En d’autres termes, si l’on reconnaît « le gouffre d’incompréhension mutuelle » qui sépare les psychotiques et ceux qui ne le sont pas, ne faut-il pas renoncer à la voie husserlienne d’exploration de la folie, fondée sur la réflexion transcendantale ? Mais dans ce cas, en quel sens une phénoménologie des psychoses est-elle encore possible ?
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