A viagem herderiana: o horizonte e o círculo

Authors

  • Orlando Marcondes Ferreira Neto

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v17i1.74879

Keywords:

Herder, Esclarecimento, crítica, cosmopolitismo, horizonte, círculo.

Abstract

No Diário de viagem de 1769, a jornada marítima que J. G. Herder empreende de Riga a Nantes representa a saída em busca de novos horizontes, de novos modos de ver o mundo, em favor de um projeto reformista tipicamente esclarecido. Coerente com a ótica cosmopolita do Esclarecimento, a viagem herderiana evoca uma temporalidade aberta e grandes expectativas em relação ao futuro. Contudo, poucos anos depois, no ensaio Mais uma filosofia da história para a formação da humanidade, esse projeto é submetido a uma crítica contundente, de modo que o horizonte de expectativa de 1769 recua em favor de um espaço de experiência tradicionalmente formado: o círculo da cultura. Isso se evidencia na afirmação emblemática, aparentemente paradoxal de Herder em 1774, de que as viagens ao estrangeiro são sinal de “doença, de flatulência, de riqueza malsã, de pressentimento de morte”, apontando para uma tensão dialética típica de seu pensamento de juventude.

Author Biography

Orlando Marcondes Ferreira Neto

 

 

Published

2020-10-07

How to Cite

Ferreira Neto, O. M. (2020). A viagem herderiana: o horizonte e o círculo. DoisPontos, 17(1). https://doi.org/10.5380/dp.v17i1.74879

Issue

Section

Experiências da Alma: os desenvolvimentos da psicologia empírica wolffiana no século XVIII