A Alma da (e na) Geografia Física de Kant
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v17i1.74872Keywords:
antropologia, geografia física, especulação, pragmatismo, alma.Abstract
O presente artigo examina a natureza da investigação antropológica que Kant executou nos seus cursos sobre geografia física. Se, por um lado, a sua relação com a física empírica é assegurada, por outro, a incorporação de ambos os objetos do sentido interno, alma e ser humano, na abordagem cosmológica da investigação empírica da natureza humana gera questionamentos sobre a articulação disciplinar (entre física empírica, geografia física, psicologia empírica e antropologia) e metodológica (entre especulação e pragmatismo) pressupostas no Conhecimento do Mundo. Será mostrado que a investigação antropológica de Kant desde o início procurou assegurar uma combinação sistemática entre diferentes procedimentos científicos que visam o conhecimento da natureza humana e que este é justamente o caso do emprego geográfico do conceito ontológico de alma no esclarecimento da diversidade de temperamentos e de gostos da espécie humana.

