Aristóteles e a Possibilidade da Mudança de Caráter

Auteurs

  • João Hobuss Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

DOI :

https://doi.org/10.5380/dp.v10i2.32236

Mots-clés :

hábito, disposição de caráter, responsabilidade moral, determinismo, Aristóteles, Ética Nicomaqueia

Résumé

No livro dois da Ética Nicomaqueia, Aristóteles afirma com clareza que a prática reiterada de ações virtuosas leva à constituição de uma determinada disposição de caráter, ou seja, o hábito funcionaria como uma segunda natureza, em função da fixidez e estabilidade da disposição por ele constituída, o que aparentemente impediria qualquer modificação no que concerne ao caráter. O problema é que várias passagens do Corpus Aristotelicum parecem contradizer esta asserção, permitindo uma leitura diferente daquela que sugeriria a ideia do hábito como algo que operasse de modo similar à natureza. Este artigo propõe-se investigar se é possível uma leitura que permita, nas Éticas, bem como em outras obras do Corpus Aristotelicum, a possibilidade da mudança de caráter, da decadência ou da reforma moral, bem como sua implicação na investigação sobre o problema do determinismo e da responsabilidade moral.

 

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Publiée

2013-12-09

Comment citer

Hobuss, J. (2013). Aristóteles e a Possibilidade da Mudança de Caráter. DoisPontos, 10(2). https://doi.org/10.5380/dp.v10i2.32236

Numéro

Rubrique

Parte II - Aristóteles