Da sintomatologia à análise dos agenciamentos: a instância problemática de uma "filosofia clínica" em Deleuze
DOI:
https://doi.org/10.5380/dp.v8i2.22652Palabras clave:
subjetividade, diferença, Deleuze, clínica,Resumen
A hipótese que propomos aqui defende que o dispositivo do "médico da civilização" montado em 1962 pela leitura que Deleuze faz de Nietzsche, longe de poder ser generalizado como tal (como se a sequência da obra deleuziana não fosse senão a sua aplicação diferenciada ou mesmo a sua continuação por outros meios), somente age nessa sequencia por força de um deslocamento da enunciação deleuziana em relação à instância da filosofia clínica que ele define. E que, por essa razão, a figura do filósofo como médico da civilização permite melhor problematizar algumas dificuldades que a tarefa de uma sintomatologia dos modos coletivos de existência encontra. Ao tomar esta tarefa a sério, eu diria, finalmente, que o deslocamento do dispositivo nietzschiano em relação ao encontro com Guattari e ao Anti-Édipo encontra um ponto de resolução, ou pelo menos coerência e equilíbrio, na determinação de uma prática analítica sui generis, a mesma que Guattari designa "esquizo-análise" e, mais especificamente, no conceito de agenciamento que, de Anti-Édipo a Mil Platôs, vai suportar cada vez mais claramente suas coordenadas próprias.
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