Vontade (<i>boulesis</i>) e consentimento (<i>sunkatathesis</i>) em Aristóteles e Abelardo: atos do apetite (<i>orexis</i>) ou da razão (<i>logos</i>)?

Autores/as

  • Guy Hamelin Universidade de Brasília, Distrito Federal, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5380/dp.v7i1.20120

Palabras clave:

vontade, consentimento, apetite, razão, Aristóteles, Abelardo

Resumen

A questão principal levantada no presente artigo diz respeito à natureza ontológicado ato intencional, anterior à ação moral propriamente dita, nos pensamentos deAristóteles e de Abelardo. Mais especificamente, examinamos dois temas indiretamenteligados entre si. Primeiro, trata-se do problema secular da natureza exata da vontade(boulêsis) em Aristóteles, que certamente alude a um ato racional (logikos), cuja fonte seencontra, todavia, no apetite (orexis). A segunda interrogação diz respeito à noção deconsentimento (consensus) em Abelardo, que também coloca a questão do seu caráterontológico voluntário ou racional. Os dois assuntos estão ligados, na medida em que oconsentimento abelardiano se aparenta à idéia aristotélica de escolha (proairesis) e, sobretudo,à de assentimento (sunkatathesis) estóico, e não, como acreditam alguns comentadores,à noção agostiniana de vontade como ato livre e espontâneo. Essa identificação doconsentimento abelardiano com a vontade em Agostinho vem de uma confusão mais terminológicae perspéctica que interpretativa.

Publicado

2010-12-02

Cómo citar

Hamelin, G. (2010). Vontade (<i>boulesis</i>) e consentimento (<i>sunkatathesis</i>) em Aristóteles e Abelardo: atos do apetite (<i>orexis</i>) ou da razão (<i>logos</i>)?. DoisPontos, 7(1). https://doi.org/10.5380/dp.v7i1.20120

Número

Sección

Necessidade e Contingência na Filosofia Medieval