O escravo no Brasil na passagem do século XVIII para o século XIX: considerações a partir das ambivalências do compadrio de cativos na região do Paraná.
DOI:
https://doi.org/10.5380/cejur.v1i4.15498Resumo
As relações de compadrio de escravos revelam aspectos importantes sobre o cativo no Brasil dos séculos XVIII e XIX. Tendo em vista que este instituto permite compreender o funcionamento das relações políticas e sociais daquela época, pretende-se refletir a condição do escravo, em especial a partir das ambivalências destas relações de parentesco fictício. Para tanto, é necessário apontar inicialmente para algumas tendências enunciadas pela historiografia recente, sem contudo esquecer de verificar a sua validade para um espaço geográfico determinado – neste trabalho a região atualmente compreendida pelo Estado do Paraná. Tal análise permite inferir que a condição do escravo não pode ser deduzida simplesmente de sua classificação jurídica como “bem semovente”. Os cativos, aparentemente, não eram meros objetos de dominação, mas exerciam também um papel ativo na sociedade. Deste modo, desenha-se a hipótese paradoxal de que a atitude dos escravos pode ter contribuído, em certa medida, à manutenção do sistema jurídico-político da escravidão por mais de três séculos.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores que publicam na Revista concordam com os seguintes termos:
– os autores mantêm os direitos autorais e transferem à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons — Atribuição 4.0 Internacional, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– os autores têm autorização para assumir obrigações adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada na Revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento da autoria e da publicação inicial na Revista;
– qualquer pessoa é livre para compartilhar (copiar e redistribuir o trabalho em qualquer suporte ou formato) e para adaptar (remixar, transformar e criar a partir do trabalho) para qualquer fim, mesmo que comercial, devendo todavia, em qualquer caso, dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas no trabalho original, nos termos da Licença Creative Commons — Atribuição 4.0 Internacional e respeitados a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, e outros normativos vigentes.


