Aplicativos de relacionamento como artefatos culturais tecnológicos: masculinidades, currículo e pedagogia em tempos de capitalismo afetivo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/cra.v24i2.87790

Palavras-chave:

Aplicativos de relacionamento, masculinidades, currículo, pedagogia cultural, capitalismo afetivo

Resumo

Neste artigo analisamos as experiências de homens que usam aplicativos de encontros afetivo-sexuais, especialmente aqueles voltados para o público gay, levando em consideração o currículo e a pedagogia cultural que está presente nessa produção generificada de si e de outros usuários desses artefatos culturais tecnológicos. Entendemos que esses artefatos tecnológicos instituem pedagogias culturais e afetivas pautadas em modelos disseminados não só pela indústria cultural em uma era digital, mas também por uma nova versão plataformizada do capitalismo. Foram analisadas duas entrevistas realizadas com usuários do Grindr, um aplicativo de encontros afetivo-sexuais. Os dados obtidos nos ajudaram a pensar a relação entre a produção atual das masculinidades e o contexto do capitalismo afetivo. Concluímos que o tipo de pedagogia-curricular emocional que essas plataformas instituem tem, em alguma medida, transformado a paquera em um cálculo didático-pedagógico hiper-racional e bastante solitário, culminando em diversas formas de apagamento das diferenças.

Biografia do Autor

Mário Vieira Fernandes, Universidade Federal do Ceará (UFC, Fortaleza, Ceará)

Doutorando e mestre pelo programa de Pós Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (UFC) e bacharel em Design de Moda pela mesma universidade. É pesquisador do Núcleo de Pesquisas sobre Sexualidade, Gênero e Subjetividade (NUSS/UFC). É bacharel em História pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Tem experiência na área de Sociologia da Moda, História da Indumentária, Sociologia e Antropologia do Corpo, Estudos de Gênero e de Sexualidade, Sociologia e Antropologia digital.

Thiago Duque, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMTS), Campo Grande, Mato Grosso do Sul)

Professor do Bacharelado em Ciências Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (Campus de Campo Grande) e do Mestrado em Educação (Campus do Pantanal - Corumbá). É bolsita Produtividade em Pesquisa do CNPq- PQ nível 2- Comitê de Assessoramento da Área de Educação/ CA-EDU. Desenvolveu estágio de Pós-Doutorado na Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Possui doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP e mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar . Fez bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais e bacharelado em Ciências Religiosas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC Campinas.

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Publicado

2024-10-03

Como Citar

Fernandes, M. V., & Duque, T. (2024). Aplicativos de relacionamento como artefatos culturais tecnológicos: masculinidades, currículo e pedagogia em tempos de capitalismo afetivo. Campos - Revista De Antropologia, 25(1). https://doi.org/10.5380/cra.v24i2.87790

Edição

Seção

Dossiê