“A Morada é uma curandeira”: o feminino enquanto força

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/cra.v19i1.61047

Palavras-chave:

ffeminino, cosmopolítica, quilombos, ecologia

Resumo

A partir das provocações do feminismo descolonial a cerca de outras formas de relação que não pautados pelos sistemas de gênero e de sexo, trago a cosmopolítica desenvolvida na comunidade kilombola Morada da Paz, a partir do trabalho de campo que realizei durante o doutorado. Descrevo que o feminino concebido na comunidade se apresenta como força, ou seja, como algo que tem poder de ação no mundo. Essa ação é produzida principalmente através do cuidado e da cura, o que faz da Morada da Paz uma curandeira, que são elaborados a partir de uma perspectiva ecológica. Através da cura e do cuidado uma guerra cósmica é travada.

Biografia do Autor

Luiza Dias Flores, Universidade Federal do Rio de Janeiro/Museu Nacional

Doutoranda em Antropologia Social no PPGAS/Museu Nacional

Referências

BELL HOOKS. 1990 “Homeplace (a site of resistence)”. In: Yarning: Race, Gender and Cultural Politics. Boston: South end Press.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. 1997. “A cerca do ritornelo”. In: Mil Platôs – capitalismo e esquizofrenia, vol. 4. São Paulo: Ed. 34.

GONZALEZ, Lélia. 1982. “A Mulher Negra na Sociedade Brasileira”. In: O lugar da mulher: estudos sobre a condição feminina na sociedade atual. Rio de Janeiro: Edições Graal.

LATOUR, Bruno. 2004. Políticas da Natureza: como fazer ciência na democracia. Bauru: EDUSC.

LUGONES, Maria. 2008. “Colonialidad y Género”. Revista Tabula Rasa, n. 9. Bogotá: Universidad Colegio Mayor de Cundinamarca. https://doi.org/10.25058/20112742.340

LUGONES, Maria. 2011. “Hacia un feminismo descolonial”. Revista La manzana de la discordia, 6(2). https://doi.org/10.25100/lmd.v6i2.1504

MIES, Maria e SHIVA, Vandana. 1993. Ecofeminismo. Coleção Epistemologia e Sociedade. Lisboa: Instituto Piaget.

OYERÙMÍ, Oyèrónké. 2017. La invención de las mujeres. Bogotá: editorial en la frontera.

PACHECO, Ana Cláudia. 2013. Mulher negra: afetividade e solidão. Coleção Temas Afro. Salvador: EDUFBA.

SOUZA, Claudete Alves da Silva. 2008. A solidão da mulher negra: sua subjetividade e seu preterimento pelo homem negro na cidade de São Paulo. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da PUC-SP. São Paulo.

STARHAWK. 1988. Dreaming the Dark: magic, sex and politics. Boston: Beacon Press.

STARHAWK. 2002. Webs of power. Gabriola Island: New Society Publishers.

STENGERS, Isabelle. 2014. “La propuesta cosmopolitica”. Revista Pléyade, n. 14. Santiago de Chile: Centro de analisis e investigación política.

ZOURABICHIVILI, François. 2004. O Vocabulário de Deleuze. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.

Downloads

Publicado

2018-06-30

Como Citar

Flores, L. D. (2018). “A Morada é uma curandeira”: o feminino enquanto força. Campos - Revista De Antropologia, 19(1), 37–57. https://doi.org/10.5380/cra.v19i1.61047

Edição

Seção

Dossiê